quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gilvan Samico

Eu deixei o nordeste, mas levo comigo uma parte desse região que me acolheu com suas maiores riquezas, o nordestino e sua cultura. Por isso, dedico esses próximos tópicos a personagens, artistas e acontecimentos da região.
O primeiro é Gilvan Samico de Recife, um grande mestre de Xilogravuras que chega a demorar um ano para concretizar uma gravura.



Gilvan José Meira Lins Samico (Recife PE 1928). Gravador, pintor, desenhista, professor. Em 1952, Gilvan Samico funda, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife - SAMR, idealizado por Abelardo da Hora (1924). Estuda xilogravura com Lívio Abramo (1903 - 1992), em 1957, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP. No ano seguinte, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde cursa gravura com Oswaldo Goeldi (1895 - 1961) na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Possuidor de grande domínio técnico, dedica-se à realização de texturas elaboradas com ritmos lineares em seus trabalhos. Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura na Universidade Federal da Paraíba - UFPA. Em 1968, com o prêmio viagem ao exterior obtido no 17º Salão Nacional de Arte Moderna, permanece por dois anos na Europa. Em 1971, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel.



Sua produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino, por meio da literatura de cordel e pela utilização criativa da xilogravura. Suas gravuras são povoadas por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas locais, assim como por animais fantásticos e míticos. Com a apresentação de uma nova temática, introduz uma simplificação formal em seus trabalhos, reduzindo o uso da cor e das texturas.



Fonte:http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1934&cd_idioma=28555

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